segunda-feira, 18 de abril de 2011

Era uma vez... um país chamado Portugal

Era uma vez... um país chamado Portugal.
Em tom de verde apetecivel e plantado à beira mar, esse Portugal foi em tempos mais que um país, o expoente máximo da navegação. Um potencial trabalhado por homens de paixão pelo mar, pela descoberta e pela vontade de alargar horizontes mas carregando sempre a bandeira, simbolo duma soberania nacional.
Foi assim, noutros tempos e até algum tempo atrás.
Depois, esse antigo e belo Portugal permitiu-se ser engolido pelos servidores de novos conceitos a que resolveram designar de economia, globalização, união euro...qualquer coisa, uma espécie de "todos ao molhe e fé no dinheiro", ou antes qualquer coisa como "tudo no mesmo mesmo saco, quem manda somos nós (eles) e quanto ao dinheiro a gente cá (lá) controla. O golpe foi tão bem orquestrado que até criaram uma moeda nova vigente para toda a malta à qual deram a virgem designação de "euro". Apenas os ingleses disseram: NÃO! INGLÊS UMA VEZ, INGLÊS PARA SEMPRE E A LIBRA, É E SERÁ SEMPRE UMA MOEDA.
Os Portugueses,  esses nem hesitaram "vamos no euro"... Jogaram os barcos fora, substituiram a agricultura por estufas de flores para adorno, multiplicaram as universidades, criaram cursos de tudo um pouco, chamaram as multinacionais para que se instalassem no país a fim de venderem os seus automóveis brilhantes, fomentaram a construção da chamada habitação própria, continuaram a olhar para  o mar, mas sem sair da areia porque o rés-bés do oceano era o limite de um qualquer destino de férias.
Lá de longe até parecia que em Portugal se tinha descoberta jazigos de petróleo, diamantes, ouro, quiçá urânio. Mas não, os portugas tinham descoberto "O CRÉDITO" o mesmo que é dizer: viver à pála... e depois... Bom depois logo se vê.
E de facto, de tudo se viu até hoje.
Hoje Portugal contraiu uma doença que bem se pode apelidar de "cataratas financeiras", qualquer coisa do tipo: o dinheiro está a fugir de vista.. E quando se tenta olhar em redor para ver por onde anda esse dinheiro, o vulgar é mesmo encontrar o vizinho empenhado na mesma busca.
Hoje em qualquer esquina é facil enontrar mais que um desempregado, alguém que reclama por comida (já não é dinheiro), alguém que está com dificuldade para pagar uma qualquer prestação, em suma alguém que também está... ou antes já não está como já esteve. Bem, mas há sempre o banco para mais um créd... Aí não? Mas quê...? O banco também já não... , Ah, percebe-se! o banco continua aberto mas mais direccionado a receber do que emprestar.
Era assim o Portugal e o seu modo de vida mas já não é.
Agora, precisavamos de restablecer as pescas, a agricultura, a profissionalização da mão de obra, quiçá até de uma guerra (à antiga) mas nem para isso o país está dotado de meios, já que as forças armadas neste momento não são mais do que um artigo constitucional sem qualquer practicidade.
É a altura em que precisavamos de amigos e ao chamar por eles... mas nós não pertenciamos à união eur... , à NATO, OCDE... ETC...???
Não, um país não pode pertencer a nada, quando o rácio da sua produção é nada mesmo e o rácio do seu consumo é exageradamente muito.
E agora ???
Agora resta-nos um clube que dá pelo nome de FMI, que quando chamado a intervir em paises sub-desenvolvidos tem-se pautado por uma péssima prestação sem qualquer resultado positivo. Um clube que não se preocupa, se os mais pobres ficarem ainda mais pobres.
Ridiculo e absurdo é este clube manter a sua postura cega em cortar a direito sem se dignar perceber as realidades dos paises em causa. No caso português o Mr. FMI ainda agora chegou e já se propõe cortar o subsidio de férias e natal aos reformados, e o que mais virá...
É caso para dizer, este começam a cortar mesmo por baixo...
Era uma vez uma país... chamado...
Como era mesmo o nome ?


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